Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) poeta, contista, farmacêutico, cronista
Século XX;
Drummond é um poeta que dá voz ao amor, a solidão, a melancolia, a morte;
Sentimento do mundo (1940);
Drummond é um poeta que dá voz ao amor, a solidão, a melancolia, a morte;
Sua poesia trata de: dor existencial, problemas sociais, individualismo e crítica;
Segunda Geração Modernista (1930-1945).
Os
escritores da Segunda Geração Modernista no Brasil (1930-1945) trataram
em sua literatura dos horrores da guerra, o fim da cresça na humanidade,
crítica a ditadura Vargas e problemas sociais.
A Literatura Brasileira fragmenta-se: temos as
características e escritores de Poesia, Prosa, Crônica. Todos passaram a ser
valorizados como gêneros literários.
Características da Poesia:
- Olhar reflexivo sobre os problemas contemporâneos;
- Dor existencial;
- Busca pelo sentido da vida;
- Crítica a sociedade;
- Versos regulares, brancos e livres.
Poetas da Segunda Geração Modernista (1930 a 1945)
- Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
- Cecília Meireles (1901-1964)
- Jorge de Lima (1893-1953)
- Murilo Mendes (1901-1975)
- Vinicius de Moraes (1913-1980)
Eu lírico: voz que anuncia, que narra o poema. Pode estar do lado ou longe do autor, mas nunca poderá seu confundida pela voz do poeta.
Resenha do livro Sentimento do Mundo (1940), Carlo Drummond de Andrade
O livro Sentimento do mundo foi produzido no período que mundo passava pelos horrores da Segunda Guerra mundial (1939 a 1945). Sem ter curado as feridas deixadas pela Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918).
Esperava-se que o contexto mundial entrasse em um período de
paz. O que não acorreu e os regimes nazista, fascista ascenderam ao poder trazendo
o terror, o medo.
O livro Sentimento do Mundo é composto por 28 poemas,
é o terceiro livro de Carlos Drummond de Andrade, possui versos livres, brancos
que reflete os problemas sociais, problemas dos indivíduos. Drummond é o poeta
que dá voz a melancolia, a dor, ao existencialismo.
Após produzir “Alguma poesia” e “Brejo da Almas”, o poeta
deixa os problemas individuais de lado e mergulha nos problemas coletivos da
humanidade. Mesmo com essa consciência Drummond volta a temática do “eu”, no
sentido universal somada a um toque de ironia diante do mundo.
Assim, o “eu” não surge mais como algo individualista, mas
um ser ligado aos acontecimentos presentes no mundo. Nasce os sentimentos que
iram nortear a poesia drummoniana.
Em o “Sentimento do Mundo” o eu lírico toma
consciência da sua existência e que precisa salvar os indivíduos. Mas esta
salvação com acontecerá se os homens caminharem de “Mãos dadas”. Através do uso
recorrente do vocativo, convocando a população a unir-se em coletivo, desta
forma dar-se o desejo, a ânsia do eu lírico em juntar os homens.
Esse desejo de que a humanidade una-se contrasta-se com o
pessimismo presente na visão do eu lírico em relação ao mundo. Ainda que o
poeta não acredite no presente, este também não espera por dias melhores.
Mas se lermos o livro atentos, conseguiremos ter acesso a utopia
que cerca o livro e seus poemas. Trata-se da esperança. Uso abundante de
vocativos e da terceira pessoa do plural é onde mora a esperança que nasce de “nós”.
Unidos os homens conseguiram escapar do mundo macabro, sombrio do presente.
O tempo interior surge como uma figura de proteção, sendo
estreitamente ligada a um privilégio de classe mais abastarda. Assim, os habitantes
do “terraço mediocramente confortável” do poema “Privilégio do Mar”, a princesa
que habita em uma “casa feita de cadáveres” (ou seja, em ruínas) do poema
“Madrigal Lúgubre” e o eu-lírico de “Mundo Grande”.
Esses trechos de poemas mostram a mudança do pensamento do eu lírico, que agora passa a ser um crítico da sociedade, em que um alienado do burguês, em busca segurança para sua família, procura a segurança de um ambiente fechado. Que o poeta denunciará nos demais poemas do livro “Sentimento do mundo (1940).
Leia:
Sentimento do mundo, de Carlos Drummond de Andrade
Sentimento do mundo, de Carlos Drummond de Andrade
Lembre-se: O Poeta está certo. Os outros é que estão errados.