22/07/19

LEITURAS OBRIGATÓRIAS: RESUMOS DAS OBRAS LIVRO 3: A Normalista, de Adolfo Caminha

A normalista, Adolfo Caminha


Enredo:
A história possui como ambientação Fortaleza, no Ceará e nos conta história de Maria do Carmo é uma menina do interior do Ceará que foge da seca com sua família para Fortaleza. Devido a morte da mãe e a migração do pai, ela passa a viver na casa de seu padrinho, o amanuense João da Mata, amigado com Dona Terezinha. Maria do Carmo é educada em colégio de orientação religiosa até tornar-se aluna da Escola Normal, ocasião em que se revela, aos olhos sedentos do padrinho, uma mulher já madura em seus atributos de feminilidade e extremamente atraente.
Maria do Carmo inicia, contra a vontade de João da Mata que se mortifica de ciúmes, um namoro com Zuza, jovem estudante de Direito e filho de um dos coronéis da cidade. A relação, que a princípio tem a possibilidade de levar a um compromisso mais sério, é comentada maliciosamente em toda a cidade, e provoca a desaprovação do pai do rapaz, que exige o seu imediato retorno a Recife para concluir o Curso de Direito.
Enquanto isso, João da Mata, que planeja um meio de conseguir seduzir a afilhada, rompe as relações com Dona Terezinha, pois esta desconfiava de suas intenções. Ao mesmo tempo que hostiliza Zuza cada vez mais. Uma noite, entra sorrateiramente no quarto de Maria do Carmo e, fazer do uso de argumentos enganosos e valendo-se da situação propícia em que se encontravam, consegue o que queria.
Maria engravida, e tem que se afastar da cidade para evitar um escândalo maior, esperando o nascimento do bebê em uma casa isolada de uns amigos de João da Mata. O seu filho morre, em decorrência de um acidente durante o parto. Apesar dos comentários de toda a sociedade de Fortaleza, a normalista retoma sua vida de sempre e é redimida pela mesma sociedade ao preparar-se para o casamento com o alferes Coutinho.

Escola: A Normalista faz parte do Realismo Brasileiro, período que vai (1881- 1890).

Detalhes:
Todas as personagens do romance realista apresentam-se de forma autêntica e sem qualquer tipo de crosta como louvor ou virtude moral. Por isso há na narrativa características deterministas (influenciado pelo meio em que vive).

Exemplo:  João da Mata, que abusa sexualmente de Maria da Mata, sua afilhada. A menina, no início é ingênua e de caráter brando, pois viveu em uma casa de caridade até se tornar normalista. Após sofrer uma série de pressões sexuais opostas à sua vontade, ela acaba desistindo e se submete totalmente às vontades de seu padrinho.
As cenas, as ações do livro ocorrem sempre e em sua maioria, em locais fechados (longe dos olhos da sociedade) e simples.

Outras características: a sordidez e mesquinhez presentes na vida social da cidade daquele período, libido, adultério, incesto.